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21.12.09

Vida.

Quando pensei que a preguiça era de todo mundo e não só parte das minhas mãos, descansei e repeti aquele carinho que se tem na literatura africana em 'pendurar os ossos' para haver renovação.
Alguns dias, depois da vida correr pela beirada do mar batendo em brisa e pés e vento nos cabelos, o embaraço do laço das tranças se distraía com a linha das costas enquanto os olhos corriam em papéis e imagens e outras vidas que eles mesmos criavam com a ajuda do que haviam conversado com a mente. A mente mentia, fazia uma mentira bonita e colocava junto dos vasos em flor, e era disso que eu tanto gostava.
A companhia, então, se debulhou em lágrimas, que lavavam a vida enquanto eu descansava no colo.
Despetalou-se porque não podia seguir em frente. Esperei a última pétala para respirar fundo e sorrir. Então, fui embora.