12.10.09

O Clichê do Filgo.

Pensando e percebendo... bluseiro não curte fígado (clichê).
Um dia, eu, num sebo (sem nada para fazer e quatro reais no bolso... trágico), achei uns livrinhos tchans numas daquelas prateleiras cheirando a calcinha de véia. Lá, havia um chamado Poema Bêbado, de um Zé ruela chamado Milton blablablá (me esqueci) e tive a feliz ideia de comprá-lo. Um realzinho e tal, barato, etc...
O cara dividiu o livro em poemas chamados de doses. Legaizinhos até, há 33 deles chamados assim. Lá mais pro fim, ele fez dois poemas bem mais legais que os outros: e um chamado Dose Especial aquela que nem se lembra que entrou - nem se já saiu e não se viu) e um último, chamado Tributo ao Fígado.
Este ben-maldito poema lembrou-me que o Rory Gallagher não existe mais por conta do fígado, e tantos outros também não existem mais por conta dele (e também por umas fumacinhas extras e etceteras que não nos diz respeito).
Aí, me deu uma puLta vontade (o L é pra dar profundidade ao palavrão) de compartilhar um trechinho deste poema, que nos remete, também, à música:

"ele é o ritmo
eu sou a melo
dia
sem ele bem
não existe harmonia"


Tchau, Rory!


2 comentários:

  1. meu fígado pede socorro.

    vou fazer um leilão pra ver quem dá menos pelo meu coração maltratado e cheio de blues amargo.
    quem sabe dê pra comprar uma dose de pinga, pra acabar de acabar com meu fígado.

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  2. tb tivemos poetas de nossa rica música por causa disso, mas todos eles, inclusive rory, viveram! e souberam viver!

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