22.3.10

A Volta Do Meu Parafuso.

Ontem eu andei pensando que eu poderia pensar. Não um pensar pesado que pesasse demais para as costas, mas um bem leve, que eu pudesse confundir com fumaça e soprar só para ver se esvairia, para ver até onde iria, para onde quer que fosse. 
Se fosse, não seria fácil ver ir, mas poderia ser o que me faria sair da fossa feita de falhas do meu cérebro e de um pedacinho de pedregulho que me foi atirado outro dia, bem na cabeça. A aparência atual se mistura com estrada de terra e uma parte de um casebre úmido, mas continuariam sendo assim mesmo depois do pensamento pesado. O leve levaria.

7 comentários:

  1. Mesmo do fosso se vê, numa fresta de luz, uma réstea. O parafuso tem fenda que tanto afunda quanto afrouxa ao sair do buraco.
    Um texto conciso e cheio, tem a força motriz de um vulcão que adormece por tempos e subitamente erupe.

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  2. Leve ou pesado, continue sempre pensando, refletindo e , com isso, escrevendo... ;)

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  3. Por acaso não estava o meu parafuso perdido junto com o seu, não???

    Beijo!

    ps: adoro seus textos!

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  4. adorei!!! (adoro tudo aqui!)

    se o pesar continuar frutificando textos assim, acabará resultando em pensamentos leves!

    ;)

    obs.o seu comentário sobre o que "faltou" me acontecer por causa da maldita vodca... foi o melhooooooor!

    bjo

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  5. que eu pudesse confundir com fumaça e soprar só pra ver se esvairia... (perfeito!)

    obs. conselho aceito, e posto em prática,
    mas fia, foi foda...rs

    beijos

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  6. Pensar ás vezes desparafusa tudo, por isso, insisto em não pensar, desisto, me livro dos problemas que vem com o pensar.

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