15.9.10

Retalhos Também.

Minha monamiga Luna foi incumbida de uma missão, ao meu ouvir, suculenta, e repassou-a para mim: formar uma lista com 50 e tantas músicas e canções e sons e melodias que marcaram minha vida.

Não uso este espaço para falar de mim e da vida, mas, tratando-se de música, aprecio trocas. Sou uma pessoa muito chata pra música e pra mais um monte de coisas, e talvez seja por isso - e pela minha cara de quenga nerd - que há gente acha que eu gosto de música de gente fina. Eu não sou fina. O que acontece entre mim e a música é o método arrepiou. Levantou os pelinhos do meu braço, querido, é música pra mim. Mesmo assim, diferentemente de minha monamiga, não sou chamada de eclética. Há quem pense que eu só escuto Emerson, Lake & Palmer e todos os amigos do rock progressivo tododiatodahoraotempotodosemparar, e não é bem assim que o trem anda. Quem crê nisso sente-se mais confortável ainda neste pensamento quando descobre que meu TCC da faculdade foi sobre uma música da uma banda de prog "Ai, menina metida..." e quando veem minha cara de paca. Chega ao ponto de soar um crime quando falo para essas pessoas, por exemplo, que eu gosto da voz do Roland Orzabal, dos Tears for Fears. 

"Iasmiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiin, que decepção!"

F***-se

Minha história musical começou quando eu comecei a ouvir rock progressivo, é certo,  mas se hoje em dia eu gosto de samba de roda e blues ao mesmo tempo, é porque eu comecei com rock progressivo. Cada um começa por onde tem que começar, e eu descobri em mim que o sentimento de todos os sons é um só, seja feito por piano, por viola, por orquestra ou atabaques. 
Vou tentar não explicar minhas escolhas. Sintam-se à vontade para dar opiniões, críticas, reclamações e gostosuras:

  1. Trilogy - Emerson, Lake & Palmer
  2. The Endless Enigma (part 1 - Fugue - part 2) - Emerson, Lake & Palmer
  3. Tarkus - Emerson, Lake & Palmer
  4. Heroes - David Bowie
  5. Moonage Daydream - David Bowie
  6. Lady Grinning Soul - David Bowie
  7. In The Court of the Crimson King - King Crimson
  8. 21st Century Schizoid Man - King Crimson
  9. I Could've Had Religion - Rory Gallagher
  10. Tattoo'd Lady - Rory Gallagher
  11. I'm Not Awake Yet - Rory Gallagher
  12. Head Over Heels - Tears for Fears
  13. Wow - Kate Bush
  14. Moving - Kate Bush
  15. Don't You Forget About Me - Simple Minds
  16. Blue Mood - Johnny Winter
  17. Soon - Yes
  18. Perpetual Change - Yes
  19. Limelight - Rush
  20. Te Amo Podes Crer - Arnaldo Baptista
  21. Tacape - Arnaldo Baptista
  22. 2001 - Os Mutantes
  23. Ave Lúcifer - Os Mutantes
  24. Songs From The Woods - Jethro Tull
  25. Caxinguelê das Crianças - Clementina de Jesus
  26. A Máquina Voadora - Ronnie Von
  27. Ponto de Ogum Yara - Sabe-se-lá-quem-foi-que-cantou-pela-primeira-vez
  28. O Tempo Não Para - Cazuza
  29. Carta al Che - Inti Illimani
  30. La Guarapachanga - Félix Chapotin y Miguelito Cuní
  31. You Got To Walk That Lonesome Valley - Mississippi John Hurt
  32. Immigrant Song - Led Zeppelin
  33. Ramble On - Led Zepellin
  34. Ao Poeta - Novos Baianos
  35. Good Day - Nektar
  36. Hunting High and Low - A-ha
  37. Take on Me - A-ha
  38. Look at Little Sister - Stevie Ray Vaughan
  39. Love Struck Baby - Stevie Ray Vaughan
  40. Lugar do Caralho - Raul Seixas
  41. On The Rocks - Vímana
  42. Spoonful Blues - Charley Patton
  43. Perguntas - Vímana
  44. Partido Alto - Clementina de Jesus e Clara Nunes
  45. Dance On a Volcano - Genesis
  46. Dancing With The Moonlit Knight/Aisle of Plenty - Genesis
  47. He-Man - Trem da Alegria
  48. It's all too much - Beatles
  49. Time to Pretend - MGMT
  50. Mind Games - John Lennon
  51. Summer '68 - Pink Floyd
  52. Nem 5 Minutos Guardados - Titãs
  53. Dívidas - Titãs
  54. Ya Yo Gakk - Steve Vai
  55. Dream On - Aerosmith
  56. Rolling and Tumbling - De qualquer um que tenha gravado esta música
  57. Still Got The Blues - Gary Moore
  58. Pictures at an Exhibition - Mussorgsky
  59. Jazzin' About Suite - Pamela Wedgwood
  60. Faschingsschwank aus Wien Op.26 - 4. Intermezzo - Schumann

Tá, eu fiz uma lista de 60 músicas, e não termina, mon Dieu! Pelo menos, conti meu lado prolixo e não justifiquei nada (caso queiram explicação, perguntem)!

Testem!

Se eu quero “a vida enquanto arte”, corro o risco de cair no estetismo , porque tenho o ar de pretender impor alguma coisa, uma certa idéia da vida. Parece-me que a música – ao menos tal como a encaro – não impõe nada. Ela pode ter como efeito mudar nossa maneira de ver, fazer-nos olhar como sendo arte tudo o que nos cerca. Mas isso não é um fim. Os sons não têm fim! Eles são, simplesmente. Eles vivem. A música é esta vida dos sons, esta participação dos sons na vida, que pode tornar-se – mas não voluntariamente – uma participação da vida nos sons. Nela mesma, a música não nos obrigada a nada. (CAGE apud MORAES, 1983, p.183)




11 comentários:

  1. Cara querida de cérebro intenso, fui extremamente surpreendida, quando vir a minha cidade favor me dar uma aula sobre rock! Conheço apenas 8 das bandas que mencionou no seu texto, tenho muita dificuldade de achar um rock que me de prazer, e olha que eu procuro! apenas 8, que decepção... sou uma calunia. Abraço!

    ResponderExcluir
  2. sua roqueira bluseira do caralho.

    ResponderExcluir
  3. To num momento paranóia.
    Paranóia. To me sentindo a Vani no segundo filme dos Normais, que ela fala "deu paranóia" e sai andando se apoiando nas paredes, mais como voce me lembrou: o que faz mal é o papelzinho! Hoje então em homenagem terá!

    ResponderExcluir
  4. Você e a Luna são tão peculiares!
    De extremo bom gosto.

    ResponderExcluir
  5. O único lugar em que ao vir coloco o fone de ouvido, é aqui.
    Neste momento, ouvindo SRV, e escrevendo estas linhs, só posso congratular-me por estar aqui, e vc, aí.
    Não tenho a capacidade de listar uma boa parte do que gosto, sou empírico.
    Do Gary Moore, por exemplo gosto de outras musicas do mesmo Lp (que eu tenho mas não me lembro do nome), ou do mesmo CD.
    Estou ouvindo um som agora (que vc colocou) com algo sobre train..., um acústico de boa qualidade. Não sei quem canta, quem toca gaita. Começou outra gora, que batida gostosa...! Um tesão, sem duvida.
    Sou fã... (entrou o piano), seu e do blues.

    Amore. (que gaiTa! xô aumentar o som).
    Du caraio! (I sorry...)
    :)

    E agora, como saio daqui?
    Pure Feeling...

    ResponderExcluir
  6. Tenho que lhe dizer: (Buddy Guy é bom.), este blog melhorou.
    Difícil um blog melhorar; o seu melhorou...
    Sem dúvida vc tem algo mais; ou, algo a mais.
    Acho que ficarei escrevendo aqui um monte de tempo....; melhor do que encher a cara, é escrever. Vai-se longe...! Por vários caminhos eu poderia pegar e te levar nesta conversa, nesta escrita (que som gostoso!)(oque virá agora?)(xô vê: hum: Muddy Waters - anos 30, 40...); não sou fã do som desa época, me indentifico mais com o blues mais moderno. Ouço, claro, e valorizo!, percebe-se que os caras já eram feras; temos que valorizar né, e perceber e situar as coisas. Estava vendo uns filmes (entrou agora o som Could Cry - me veio o SRV na cabeça - ele bebeu em boas fontes). pois é, poderíamos estar numa mesa, ou em casa, num tapete fofo... :)rsrs
    Sons assim evocam companhias - para mim; não 'para' mim..., em minha opnião quis dizer...
    tenho um trabalho de Escola pra fazer..., a dois meses; faltam 15 dias pra entregar, a professora quer saber o que fizemos (caraio! Blues Etílicos!!), eu, fiz uma página até agora...; trabalho de finalização de curso, coisas obre a medicina TRadicional Chinesa... (na Massoterapia), 2 anos de curso - nível técnico.
    Depois do Etílicos me desplugo...
    Vc é ferinha, fera né, ferinha pega meio exquisito; ainda mais quando sua amiga já disse que vc é do caralho.
    Rsrsrs!!
    eu me divirto.

    Besos

    Yes...!

    (Beatles)..

    ResponderExcluir
  7. Nossaaaa naum sei se conseguiria listar assim 60 musicas como tu fez.
    Dorei .

    ResponderExcluir
  8. O tipo de música que eu gosto é música boa: pouco me importa o estilo. É preciso 'apenas' que toque a alma.

    ;**

    ResponderExcluir
  9. Acabei de assistir o documentário de Win Wenders sobre dois blues mans:
    J. B. Lenoir e
    Skip James.
    Dois homens, precursores e visionários.
    Vieram lá dos anos 20, 30... ficaram conosco até os anos 60, 62.

    Vale a pena assistir.

    Uma pena não haver aqui comentários da responsável...
    Quando isso nunca acontece, não volto. O que não faz diferença alguma..., eu sei.

    Abrçs.

    ResponderExcluir