Dancei. Envolvi-me em doce, procurei os cravos e encontrei as duas rosas que você deixou sobre a mesa.
Lembro do perfume vermelho da vida, esqueço devagar a palidez da companhia. Ainda guardo os cravos vivos que encontrei no canto da sala, caídos no chão, procurando ajuda.
Não entendi o motivo do corredor sofrido e da insistência para que eu fitasse todas as cenas asqueirosas que foram criadas pela sua mão e eu sempre soube que não eram reais, apesar da dor.
Feliz fico pela tentativa falha em levar embora o que não te pertencia. Foi esforço físico, medo, movimentos aleatórios, mas o flagelo falacioso das ameaças de outra vida não conseguiram me convencer que eu fui vencida, apesar da aparência.
Há minha dama e minha criança para me proteger na ponte entre o ontem e o amanhã. Não tente de novo.