O asfalto sente toda a hora marcada no sol e borbulha de calor, tão quente que rasga a pele de sentido e canções e toques e corpo.
Eu sorria antes porque pensava que era tal música que lembrava tal cheiro, mas era o cheiro que lembrava tal momento, e o momento lembrava a patada na cara de todas as vezes que eu pensava que eu tinha que esquecer o tempo que o asfalto dizia.
Queria mesmo era que o asfalto fosse mudo e sem sentido. Principalmente, que ele não marcasse caminho, porque ele é o culpado pela perda de tempo que há entre um lugar e outro e mantém longe o que poderia ter sido sabido antes.
Eu li o sentido no clichê dos cigarros amigos e senti vontade, sinto vontade e transbordo, mas o maldito trava o andar, finca os pés no chão e eu caio. Queria cair todo dia, se houvesse um caído que segurasse a minha queda. Ele há, mas há para todo mundo, e eu queria um caído só meu e do tudo, para poder cair em cima, e fazer do cigarro amigo meu melhor também e segurar no copo para fazer parar de beber a saudade e sentir que o fluxo de consciência raiovoso que anda conduzindo as palavras parasse um pouco no tempo, fizesse o caminho mais curto ou largasse as mãos e soltasse os cabelos.
Dentro do sonho unilateral de som, fumaça, bebida, corpo, palavra e beijo há aquele toque que corre a coluna e arrepia quando chega no pescoço, blasé, de que o prazer é dito em todos os cantos e é perdido, morto e desacreditado, e uma linha de raciocínio que beira a minha bebedeira emocional, porque eu tenho preguiça, e ela me faz ter medo de correr.
Não resolve rezar para tirar o diabo do corpo se você instalou o seu em mim e não quer tirar com nenhum canto, carinho ou harmonia que me faça sentir que o espaço é menor entre dois. A imaginação que desenha o que pode ser sonho ou mentira ou verdade ainda não me contou se o diabo também é desenhado ou é feito.
Se é feito, é bem. Se é bem, é bom. É bom que seja os dois. Amarro na cintura, prendo no pescoço, abraço, a pele roça antes de rasgar, a ferida abre e tem gosto de doce, fecha e nunca mais esquece.
Queria mesmo era que o asfalto fosse mudo e sem sentido. Principalmente, que ele não marcasse caminho, porque ele é o culpado pela perda de tempo que há entre um lugar e outro e mantém longe o que poderia ter sido sabido antes.
Eu li o sentido no clichê dos cigarros amigos e senti vontade, sinto vontade e transbordo, mas o maldito trava o andar, finca os pés no chão e eu caio. Queria cair todo dia, se houvesse um caído que segurasse a minha queda. Ele há, mas há para todo mundo, e eu queria um caído só meu e do tudo, para poder cair em cima, e fazer do cigarro amigo meu melhor também e segurar no copo para fazer parar de beber a saudade e sentir que o fluxo de consciência raiovoso que anda conduzindo as palavras parasse um pouco no tempo, fizesse o caminho mais curto ou largasse as mãos e soltasse os cabelos.
Dentro do sonho unilateral de som, fumaça, bebida, corpo, palavra e beijo há aquele toque que corre a coluna e arrepia quando chega no pescoço, blasé, de que o prazer é dito em todos os cantos e é perdido, morto e desacreditado, e uma linha de raciocínio que beira a minha bebedeira emocional, porque eu tenho preguiça, e ela me faz ter medo de correr.
Não resolve rezar para tirar o diabo do corpo se você instalou o seu em mim e não quer tirar com nenhum canto, carinho ou harmonia que me faça sentir que o espaço é menor entre dois. A imaginação que desenha o que pode ser sonho ou mentira ou verdade ainda não me contou se o diabo também é desenhado ou é feito.
Se é feito, é bem. Se é bem, é bom. É bom que seja os dois. Amarro na cintura, prendo no pescoço, abraço, a pele roça antes de rasgar, a ferida abre e tem gosto de doce, fecha e nunca mais esquece.