Tentei ficar livre, mas a lua cheia comia meus olhos e me deixava completamente cego. No que eu pensava, nem meu Deus saberia, se eu tivesse algum dentro de mim. Conseguir controlar passou a ser difícil depois do trago ácido que ela deu em minha alma.
Naquela noite, sugou até o tutano da minha consciência. Eu, sentado na cama depois dos balcões limpos, botas no canto, lençóis amassados pelo que foi, solidão ao pé da cama começou a me pedir ajuda. Nós dois pensamos nela e ficamos assim o quanto durou aquele tempo.
O perfume de estrada, o beijo de tensão, o querer ser por hora, o carinho de fuga e todo aquele embrulho no estômago depois de metade da garrafa vazia e outra metade cheia. Eu queria tudo, tive tudo, queria mais.
Maldita seja. Maldito seja o que ficou. Maldito seja mais ainda o que vai embora.
Agora maldito sou eu, e o sabor do corpo dela espeta minha memória.
A lua cheia pode se dissolver em estrela qualquer dia, mas o tinhoso instalou-se no peito.
Eu peço ao Senhor, existindo ou não, liberte minha alma. Que assim seja.
Naquela noite, sugou até o tutano da minha consciência. Eu, sentado na cama depois dos balcões limpos, botas no canto, lençóis amassados pelo que foi, solidão ao pé da cama começou a me pedir ajuda. Nós dois pensamos nela e ficamos assim o quanto durou aquele tempo.
O perfume de estrada, o beijo de tensão, o querer ser por hora, o carinho de fuga e todo aquele embrulho no estômago depois de metade da garrafa vazia e outra metade cheia. Eu queria tudo, tive tudo, queria mais.
Maldita seja. Maldito seja o que ficou. Maldito seja mais ainda o que vai embora.
Agora maldito sou eu, e o sabor do corpo dela espeta minha memória.
A lua cheia pode se dissolver em estrela qualquer dia, mas o tinhoso instalou-se no peito.
Eu peço ao Senhor, existindo ou não, liberte minha alma. Que assim seja.
É, maldita. Mal dita.
ResponderExcluirjá dizia o velho na encruzilhada: "esprema meu limão e deixe que suco caia em minhas pernas"
ResponderExcluirO que fica no peito é o pior, o cheiro do corpo vai embora com o vento.
ResponderExcluirNão sei ainda hoje o que é pior, se é desejar, ter e perder, e contentar-se apenas com a lembrança que resta; ou se é desejar e contentar-se apenas com esse desejo ardente e não atendido.
ResponderExcluirA música lá é linda mesmo, né? Gosto bastante! ;)
Beijos e obrigada pela presença de sempre!
tudo pela ganância hein caminhoneira?
ResponderExcluir"Agora maldita sou eu, e o sabor do corpo dele espeta minha memória."
ResponderExcluirE, caso ele encontre a maneira de arrancar esse tinhoso instalado no peito, favor me avisar...
bendita vc!
ResponderExcluiradoro estar no seu sofá.
e preciso agradecer e agradecer e agradecer pelo seu comentário no meu blog. Quando citou o "Mussorgsky". Eu que nunca ouvira falar (e achei q não conhecia) fui correndo descobrir quem era. E dei de cara com uma música que eu conhecia muito bem da versão rock do Emerson, Lake & Palmer. "Pictures at an Exhibition". Tipo, Keith Emerson é o Deus dos teclados pra mim. E conhecer os Deuses dele, não tem preço. Eu amo quando a cultura de alguém me faz mais culto.
thank you
keep dancing litle sister
E tantos querem arrancar esse tinhoso do peito. Milionário será quem descobrir como faz...
ResponderExcluirBom mesmo é fazer bom uso dele... Nunca se sabe o que pode acontecer.
Beijo!
Existindo ou não, a chance de te atender é a mesma ...
ResponderExcluirconfesso que com 'sugou até o tutano da minha consciência' e usegurei o riso, rsrs; bjo, saudações musicais!
ResponderExcluirAPS
Texto muito interessante. Tenso e intrigante!
ResponderExcluirBom =)
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