25.3.10

Fôlego.

Só quando nos perdemos em chão e terra e peito aberto é que a vida veio até nós e nos pegou pelo braço e sambou conosco numa mistura de sacodidas e carinhos e trilhas e mais trilhas corridas sem pausa e sem vírgulas e buracos e com muitos carros carregando pessoas pobres dentro da minha cabeça  vazia que se enche ao lado da cheia que transborda e da que não transborda e o fluxo sorrindo para mim como o gato de Cheshire sorri para todo mundo e para ninguém que não acredita nele e quem acredita também sorri para mim e dança e gira e a vida vai voando até que eu perca o fôlego e pare para respirar.

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