Tarde, a caneta apoiada na mesa sobre o papel desenhado em recados para quem não os leria tão cedo. Os sintomas começaram um pouco mais tarde, com o céu alaranjado, coberto pelo manto azul escuro.
Pontos de luz brincavam de charme e ela sucumbia. Amolecia o corpo, largava os braços para trás, sorria e suspirava fundo, como se o ar da cidade tivesse se transformado na atmosfera mais pura. Refrescava. Estava sozinha. Feliz por estar triste e não ser, porque era assim que as coisas eram na sua cabeça, e a cabeça ia para o mundo em reflexos que varriam o espaço.
Deicidiu acender a luz e abraçar o travesseiro. O travesseiro não teria graça sem luz, nem a luz teria graça sem abraço. O fez, desfez e voltou a pegar na caneta para continuar rabiscando. Abobou-se.
Pontos de luz brincavam de charme e ela sucumbia. Amolecia o corpo, largava os braços para trás, sorria e suspirava fundo, como se o ar da cidade tivesse se transformado na atmosfera mais pura. Refrescava. Estava sozinha. Feliz por estar triste e não ser, porque era assim que as coisas eram na sua cabeça, e a cabeça ia para o mundo em reflexos que varriam o espaço.
Deicidiu acender a luz e abraçar o travesseiro. O travesseiro não teria graça sem luz, nem a luz teria graça sem abraço. O fez, desfez e voltou a pegar na caneta para continuar rabiscando. Abobou-se.
sou eu
ResponderExcluirMachado de Assis?
ResponderExcluir[brigado pela visita. Somos conterrâneos.]
Até.
Que linda ela, que Pollyana!
ResponderExcluirQueria ficar feliz por não ser mas estar triste.
mas a verdade é relativa, e eu fiquei curiosa.
ResponderExcluiré bom ficar boba de vez em quando...
ResponderExcluirbeijos
ah, é melhor abobar-se do que conter-se, não é?
ResponderExcluir:)
gente, adorei a trilha sonora daqui.
estou seguindo.
um beijo
nossa passei horas com o blog aberto pela trilha e não tinha lido nada rsrsrs valeu demais, eu volto sempre! ahh e Nina Simone ...demais......
ResponderExcluir...adoro abraçar o travesseiro,
ResponderExcluire assim 'viajar', 'viajar',
'viajar' pelos sonhos.
bj