Abraçado pela onda da ventania da janela, acordei pela manhã e caí em prantos quando não encontrei o lugar certo para por os pés. Coloquei na bagagem as veias e o pulso, andei pelo caminho que encontrava e não via. Errado.
Cantei os sons que conseguia para ver se a luz abria, sorria, cantava, comeria minha alma ou a levaria embora para entregar ao demônio dentro da terra. Quem dera fosse isso que acontecesse... serviria para muito mais e eu passaria a ter muito mais sorte do que a que me foi dada por ter o que segurar a cabeça em cima do tronco.
Engulo poeira e sal. Torço pelo engasgo.
"...as vezes eu quero chorar mas o dia nasce e eu esqueço..." Não é o blues, é o desejo.
ResponderExcluirAbraço
Isso é quase suicídio?!
ResponderExcluirOu é apenas uma linda melodia de blues (tristeza).
Yer Blues.
Daniel
Eu torço para continuações
ResponderExcluirDesculpe-me se o comentário não tem muito a ver, mas gostei de conhecer o Robert Johnson.
ResponderExcluirThank you!
Tbm torço por muito mais sorte do que a que me foi dada, mas por enquanto só fico engolindo a poeira...
ResponderExcluirVocê tem um jeito rasgado de escrever que muito, muito me agrada, sabe?
ResponderExcluirUm beijo, moça!